Seguem abaixo os textos sobre Cruzeiro e Atlético, não
necessariamente nessa mesma ordem.
Em busca da honra perdida - GALO inicia brasileirão 2012 com os fantasmas de sempre. - por Eurico
Santos Silva
O brasileirão 2012
começou para o Clube Atlético Mineiro em
uma quase monótona partida contra a Ponte Preta, no estádio Moises Lucarelli na
cidade de Campinas –SP. Sem vários titulares o GALO só marcou nos acréscimos do
segundo tempo com o argentino Escudeiro. O time que conseguiu pela primeira vez
na história do campeonato brasileiro vencer a Ponte em Campinas é ainda marcado
por um feito nada glorioso. Com data e horário ainda vivos na memória dos
atleticanos a melancólica e humilhante derrota para o arqui rival Cruzeiro, no
dia 4 de dezembro de 2011. O jogo correu pela ultima rodada do campeonato de
2011. Uma derrota cruzeirense e uma vitória do Atlético Paranaense consumaria o
rebaixamento da raposa mineira. O time do Paraná venceu. E em Minas, o Cruzeiro
aplicou sonora goleada em um abatido Atlético Mineiro. A derrota para o rival,
da forma que foi, no momento que foi fez a torcida e time racharem.
Este é o primeiro fantasma que este time carrega para o
Brasileiro de 2012. Quase todos os jogadores que participaram da derrota para a
raposa permaneceram no elenco. Entre eles alguns dos mais criticados, como o
zagueiro Rever e o polivalente Richarlysson.
Já pressionado o time começou a temporada 2012 ainda debaixo
do fantasma da desconfiança. O time..a “massa” notadamente reconhecida por
sempre apoiar o time, passou a vaiar e cobrar raça do time alvinegro. Fato que
o clube se apresentou bem em diversas partidas, e chegou, até com certa
facilidade na final do campeonato mineiro de 2012, sagrando-se campeão ao
derrotar o América Mineiro.
O time vinha invicto na temporada até encontrar outra grande
fantasma do clube. A participação do time na Copa do Brasil. O GALO foi
eliminado pelo Goiás ( time que disputa a série B). O fato reascendeu a
desconfiança da torcida e a pressão e cobrança voltaram contra o elenco. Nem
mesmo o titulo mineiro pareceu acordar ou despertar na torcida atleticana a confiança
e motivação de outros tempos, culpa de outro grande fantasma, que ronda o
atleticano insistentemente desde do campeonato brasileiro de 2003: O fantasma
do rebaixamento.
Após mais uma vez lutar contra o rebaixamento em 2011, e
escapar nas ultimas rodadas já sob o comando do técnico Cuca, o GALO, combalido
e sem o espírito e garra de décadas passadas entra neste brasileiro para, em
principio, fugir dos quatro últimos lugares. A situação se deve as ultimas
campanhas mais do que a qualidade do elenco ou a qualidade e poder de fogo dos
seus adversários. Náutico, Portuguesa, Sport Recife, Figueirense, Bahia e Ponte
Preta não tem a mesma qualidade técnica do time mineiro.
O GALO se reforçou em
2012, os volantes Pierre e Leandro Donizete assinaram com o clube. Assim como o
argentino Damian Escudero e o meia Danilinho. Mas este é o panorama do time
para 2011. Não repetir os mesmo erros do passado. Em 2004 o time conseguiu a
fuga do rebaixamento na ultima rodada. Em 2005 o time não suportou as más
exibições e a má gestão do clube e caiu. Em 2007 o clube fez um campeonato
morno terminando em 11º Lugar. Já em 2008 nova luta contra o rebaixamento. Em
2009 o clube lutou pelo titulo brasileiro e uma vaga na libertadores mas perdeu
nas ultimas 5 rodadas, terminando apenas como uma vaga na Copa Sulamericana. Em
2010 e 2011 o fantasma do rebaixamento voltou a pairar sobre Vespasiano. O time
escapou com duas campanhas quase milagrosas no segundo turno.
Assim, com o status de campeão mineiro de 2012. O time enfrentou
a Ponte Preta com diversos desfalques. Os jogadores Guilherme, Neto Berola,
Leandro Donizete, Felipe Soutto, Carlos César e outros obrigaram Cuca a fazer
diverssas mudanças no time.
Mas o saldo foi
positivo, 1 a 0, em um jogo de baixo nível técnico, de poucos lances claros de
gol, de vários passes errados e diversas faltas. Os 3 pontos fora de casa e o
exorcismo do fantasma de nunca ter vencido em Campinas contra a Ponte foi um
alivio uma pequena chama de esperança nos corações atleticanos. E o time, no
Brasileirão 2012, tem que buscar algo muito maior e mais difícil que nos anos
anteriores. Tem que buscar a honra perdida do clube que defendem. Mais
humilhações e a paciente torcida alvinegra pode , enfim, explodir contra a
atual administração de Alexandre Kalil e comissão técnica e jogadores.
GALO: Vitória na
raça e a tabela amiga.
Para a segunda rodada do Brasileirão 2012. Atlético e
Corinthians mediram forças , domingo, no estádio independência com triunfo
mineiro por 1 a 0. O Corinthians veio sem cinco titulares. Igualmente os
desfalques atleticanos. O excelente Paulinho, um dos destaques corinthianos na
Libertadores, não jogou. Assim como o GALO não teve Guilherme e Neto Bertola.
Não! Não estou comparando os jogadores e nem falando que o GALO tem a mesma
qualidade técnica do que o Timão, não tem. O que colaborou com a vitória do
GALO, além do gol perdido pelo cone Elton, foi a raça alvinegra.
Raça? Tempos que o torcedor atleticano procurava essa
palavra que andava sumida do vocabulário galense. Pois ela voltou,
milagrosamente, assim como a famigerada sorte. Como sabem, o GALO tem mania de
azar.
E o jogo foi igual nos dois tempos. E foi o pequenino
Danilinho, rei da noite de BH, que fez um improvável gol de cabeça, de costas,
surpreendendo o goleiro Cássio e marcando o tento que garantiu o triunfo
mineiro.
Cuca tem seus méritos, poucas vezes no ano conseguiu repetir
a escalação. O time foi muito bem aplicado taticamente. Com marcação forte. O
time ainda contou com a estréia do lateral esquerdo Junior César, que veio do
Flamengo, que após o episodio Ronaldinho é conhecido como Flavárzea.
O segundo tempo da partida foi movimento que chances claras
de gol para todos os lados. Escudero entrou bem no time atleticano, incendiando
o ataque. Aos 17 minutos, Danilinho marcou. Para segurar o resultado a raça foi
fundamental, a união do clube e o apoio da torcida. Ingredientes que andava em
falta no GALO e que é receita de sucesso, como fora nos anos 70, 80 e 90 do
século XX.
A tabela: de
inimiga para amiga.
Quando a Confederação Brasileira de Futebol divulgou a
tabela do Brasileirão 2012 a maioria dos atleticanos se queixaram da sorte. Nas
primeiras seis rodadas o GALo enfrentaria Corinthians, São Paulo, Palmeiras,
uma indigesta Ponte Preta em Campinas, como único alento de enfrentar em casa
Náutico e Bahia neste meio tempo.
Mas os temores atleticanos podem se revelar infundados. Na
primeira rodada o time pegou uma Ponte Preta desfigurada. Após ser vice campeã
paulista de 2012, A ponte veio par ao confronto contra o GALO sem nove
titulares. Já contra o Corinthians, o time enfrentou um clube que vinha de uma
pegada partida contra o Vasco valida pelas quartas de final da taça
Libertadores. A terceira rodada será novamente em casa contra o Bahia. Depois
dois jogos fora e em São Paulo. O fato que pode ajudar o GALO é que
possivelmente os dois times adversários vão estar com todas as atenções
voltadas para a disputa da Copa do Brasil, assim é grande a possibilidade de
entrarem com times mistos contra o alvinegro. Daí o jogo contra o Náutico.
Nestas seis primeiras rodadas o GALO pode fazer pontos, uma
gordurinha contra o rebaixamento, uma arrancada para a Libertadores, ou quem
sabe, repetir 2009, onde a raça e a sintonia time-torcida fez toda a diferença
e como o Mineirão sempre cheio viu o modesto time comandado por Celso Roth
liderar o campeonato por nove rodadas.
A esperança voltou a soprar em Vespasiano.
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SEGUNDO JOGO - por Samuel Fagundes
O segundo jogo do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2012
já começou melhor só por não ter o
lateral Marcos e o meia Everton em campo. Esses dois jogadores em minha opinião
não teriam vaga nem em time de várzea aqui de Moc hell City, mas voltando ao
jogo, o que inicialmente me chamou a atenção foi juiz, que em menos de 5 minutos de partida,
já se mostrava despreparado pois nem se quer marcou falta em dois carrinhos
violentos dados em Montillo. Ao longo do jogo, seria claramente perceptível a
falta de preparo do juiz.
Com 10 minutos o Cruzeiro jogava bem, começa a acertar
alguns passes e o estreante Tinga aparecia bem no jogo, chamando as jogadas ou
puxando a marcação. O time demonstrou muita raça, vi jogadores não desistindo
de nenhuma bola e por isso o time rendia bem, tanto que aos 18 minutos houve um
escanteio muito perigoso, que quase resultou em gol e pouco depois, aos 23
minutos, uma jogada bem trabalhada finalizada num chute de Souza, que poderia
ser um pouco mais forte, mas foi um bom chute.
JOGANDO BOLA
Nesse momento, tal como dizia uma placa de publicidade a
beira do gramado, o Cruzeiro estava jogando bola e pensei que nosso gol era
algo inevitável e que nos próximos
minutos faríamos nosso primeiro tento no campeonato. Porem, aos 30 e poucos do
1° tempo, eis que Charles, que já vinha nervoso na partida, fez duas faltas totalmente desnecessárias e
havia tomado dois cartões seguidos e merecidos. Porem, no lance do segundo
cartão, o lateral Diego Renan também participava e os dois conseguiram dar um
"migué" no juiz, dizendo que a falta era do Diego, e incrivelmente o
juiz engoliu. Aos 40 minutos o mesmo Diego Renan arriscou um belo chute de fora
da área, mas infelizmente o goleiro do Náutico fez a defesa.
Um primeiro tempo bom até certo ponto, mas ficou faltando o
principal, gol. Charles se mostrava muito nervoso e por este motivo foi
substituído por William Magrão, o time voltou do vestiário meio desligado e
começou o 2º tempo tomando pressão do Náutico. Aproximadamente aos 5 minutos
Tinga que fez um bom primeiro tempo já demonstrava sinais de cansaço e o time
ainda tomava sufoco do adversário que voltou melhor. A primeira boa jogada de
William Magrão, porem tanto Sousa como Tinga estão sumidos do jogo.
Aos 15 minutos sai Souza e entra Everton, o que pra mim não
mudou em nada. Sousa havia sumido no jogo e Everton continuou da mesma maneira.
Aos 18 minutos uma boa jogada desperdiçada por Tinga, visivelmente cansado. Aos
28 minutos sai Tinga e entra Wallysson que deu um novo gás pro time, que
claramente joga melhor com dois atacantes, mesmo com Welligton Paulista errando
muito. Montillo conseguiu fazer algumas boas jogadas quando voltou a sua
posição de origem, já que começou o jogo como atacante, algo que pra mim não
funcionou.
CARTÕES
Nesse momento o que chamava atenção era a quantidade de
cartões amarelos tomados pelo Cruzeiro e o alto numero de faltas cometidas,
sendo quase que o dobro das feitas pelo Náutico. Aos 39 minutos Wallysson fez
boa jogada, mas não concluiu, aos 42 a mesma coisa, mas o time se postava
melhor com dois atacantes.
O jogo termina e o empate acaba ficando de bom tamanho se
considerado que Charles deveria ter sido expulso logo no primeiro tempo, porem
ficou claro que o time precisa de um atacante matador , Wellington Paulista
esta devendo, fazer muitos gols no Campeonato Mineiro e na fase inicial da Copa
do Brasil é fácil, tem de fazer gol é no Campeonato Brasileiro.
EVOLUÇÃO
O time melhorou em relação a primeira partida, a dupla de
zaga Vitorino e Leo se portou muito bem, os dois laterais não comprometeram e o
meio conseguiu articular algumas boas jogadas. O ataque continua devendo, mas
pra mim, o time tem de ter Sousa e Montillo no meio, porque os dois são muito
habilidosos e já demonstraram que podem criar boas jogadas juntos.
O Cruzeiro de Celso Roth, se mostra melhor do que o de
Mancini, já que pelo menos não tomamos gols nos dois últimos jogos, ao
contrario das ultimas partidas do mineiro e da Copa do Brasil, em que o
Cruzeiro sai perdendo. Espero eu que no próximo jogo, contra o Botafogo, venha
a nossa primeira vitoria e de quebra, mandamos o tabu de nunca termos vencido
no estádio do "Engenhão" ara o "saco".
Um comentário:
Voces tao muito esperancosos.. acho que os dois vao mal...tsi
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