SONS DO BRASIL – CONHEÇA A BANDA LAVAGE

A banda Lavage é de Fortaleza (CE) e tem na sua formação Bruno Lavage no vocal, Everardo Maia e Taumaturgo Moura nas guitarras, Rafael Maia Lima no baixo e Rogério Ramos na bateria.


De acordo com o vocal da banda, Bruno Lavage, o projeto começou em 2003, a partir de uma reunião de amigos da mesma rua. Eles então chamaram o Rogério Ramos (que havia sido professor de Educação Física do Bruno) para assumir a bateria, e a partir disso começaram a ensaiar desde março de 2003.


Um mês depois a banda tocou no seu primeiro festival, e não pararam mais de tocar. Bruno conta que a formação da banda mudou ao longo do tempo, mas o propósito de fazer música punk e underground permaneceu intacto.


- A banda surgiu em março de 2003, na Rua 1 do Conjunto Veneza Tropical, em Fortaleza. Tudo nasceu a partir de um sonho de adolescentes; eu, Wellington e William, estes dois últimos eram irmãos. Infelizmente, uma fatalidade levou o Wellington embora da Lavage e deste mundo também, em 2005, logo após termos lançado nossa primeira demo homônima. Lavage foi uma criação do baixista William Feitosa. Num momento brainstorm, começamos a dizer nomes estranhos e bizarros um pro outro e daí ele disparou: "Lavage". Parei de falar, pensei bem e disse que o nome era perfeito. Simples, direto, autêntico, bem nordestino e tem tudo a ver com o som sujo e agressivo que a gente faz. Para diferenciar de "lavagem", que tem a ver com limpeza, tirei o "m" do fim da palavra e daí ficou "Lavage", que é como as pessoas daqui falam e pronunciam a palavra, que remete à "comida de porco". – Diz Bruno.


Bruno conta que suas influencias musicais vão desde metal progressivo até o pop, mas as influências que se expressam na banda são mais ligadas ao punk rock clássico e oitentista. O vocalista conta que a banda gosta muito de bandas como Ramones, Sex Pistols e The Clash, The Hives, Bad Religion, Paddingtons, The Cure (no início de carreira), NOFX, Plebe Rude, Garotos Podres, Tequila Baby e os Inocentes, que a banda conheceu durante o Palco do Rock 2009, que aconteceu em Salvador na Bahia.


- Eu definiria nosso som como um anti-estilo, porque não concordo com a concepção em voga sobre estilo. Estilo para muitos é uma camisa-de-força que lhe impede de tocar aquilo que você quer. Parece mais com um livro de culinária que dá formatos prontos e fechados sobre como tocar indie, metal, etc. Na minha opinião, isso não passa de um monte de estereótipos vazios de significado. Por isso, adotamos o anti-estilo. Hoje em dia, nossa sonoridade está mais coesa e ligada ao punk clássico, também chamado de punk rock 77. Mas em nossos trabalhos, flertamos muito com o indie, com o rap core e com o próprio hardcore. Fazemos isso sem medo de soar carnavalesco porque tocamos para nos sentirmos vivos e felizes. Se vai agradar alguém, aí são outros quinhentos. – Explica Bruno.


A inspiração para fazer as musicas segundo Bruno, foram no começo, as revoltas adolescentes contra a sociedade e o mundo em geral eram os temas recorrentes das canções. Ele diz que não havia um ímpeto militante, e sim uma vontade de bradar contra tudo aquilo que eles achavam errado nas coisas e nos outros. E na definição dele mesmo, para quem é suburbano, pobre e roqueiro, não faltam motivos e desgraças pra se revoltar.


- Atualmente, os temas das canções são mais autobiográficos, e daí surgem situações do meu cotidiano, como amores fracassados, angústia, pessimismo (sou muito pessimista), derrotas, vitórias, desgraças, enrascadas e alegrias. Tudo que afeta minha vida tem sido transformado em canção. Acho que é um jeito legal de compartilhar o sofrimento e, ao mesmo tempo, aprender a lidar com ele. Sem falar que as pessoas se identificam com a sua dor. Talvez sofrer junto seja melhor do que sofrer sozinho. – Diz o vocalista.


Bruno ressalta que assim como as harmonias da banda, não tem a obrigação de seguir estilo A ou B, as canções não possuem temas engessados. Ele diz que na fase militante revoltado, seria impensável falar sobre amor. Mas ele conta que após um tempo percebeu que poderia falar sobre tudo, desde que fizesse algo de qualidade. E desde então tem dado prioridade a isso.


- A falta de letras de protesto não significa que o mundo melhorou e que não há nada de errado, entretanto encontrei novos temas para falar a respeito. Acho que as pessoas têm preferido ouvir relatos poéticos sobre a minha vida (que é tão banal e fascinante) do que um protesto inflamado. – Revela Bruno.


Para 2009 a banda pretende terminar de gravar o DVD comemorativo de seis anos de Lavage. O projeto do DVD inclui fragmentos de shows e uma performance ao vivo no Teatro do SESC, em Fortaleza. Eles querem tambem compor coisas novas, para gravar um novo trabalho em 2010. O vocalista ressalta que gostariam de tocar não só em Fortaleza e em cidades vizinhas, como querem tocar em Montes Claros, junto com a Soprones, que eles conheceram na Bahia.


A agenda da banda está cheia, dia 21 de março, eles iram tocar no projeto Rock Independence, do coletivo MIRC, em Fortaleza. Dia 27, tocam no Estúdio Mocó, junto com as bandas Andes e Nfúria, no projeto Sexta Rock, da Associação Cearense do Rock, entidade da qual são membros desde 2005. Por fim, viajarão 200 km para tocar em Limoeiro do Norte, na segunda edição do Carbono Rock Fest.


Os contatos da banda são:
E-mail: bandalavage@gmail.com
Fone: (85) 9164 9248/ 3295 1362/ 9995 4427
MSN: brunolavage@hotmail.com, rafaelmaialima@hotmail.com
Site: www.bandalavage.com
Blog: www.bandalavage.blogspot.com
Myspace: www.myspace.com/bandalavage
Purevolume: www.purevolume.com/lavage
BSG: www.bandasdegaragem.com.br/bandalavage


- Bem, quem quiser ouvir um som simples, direto e com influências diretas de punk rock, escute Lavage. Tocamos rock por diversão e sem preocupação com rótulos, estilos orígidos e virtuosismos. Cantamos a vida e as coisas do mundo sem muito idealismo e de modo rude. – Convida Bruno.