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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SONS DO BRASIL – CONHEÇA O GRUPO QUEBRAPEDRA



O Quebrapedra foi formado no ano de 2001 em Belo Horizonte (MG), após algumas mudanças, o grupo é composto por Leonora Weissmann (vocalista e letrista), Rafael Martini (compositor, pianista, e cantor), Edson Fernando (bateria e percussão) Mateus Oliveira (percussão e vibrafone) e Pedro Maglioni (baixista e compositor).

- O Quebrapedra surgiu em 2001, quando todos éramos bacharelandos na UFMG. A formação se alterou nos primeiros anos e vem mantendo sua forma nesses últimos cinco anos. Eu, Rafael Martini, Edson Fernando, Mateus Oliveira e Pedro Maglioni. Começamos como um quinteto, onde o Rafael, hoje pianista, tocava guitarra e violão. Havia nos primórdios outra tecladista, a Aline Tomanick, que saiu no primeiro ano do grupo. Caminhamos um tempo como quarteto e posteriormente o Edson Fernando juntou-se a nós. – Conta a vocalista Leonora Weissmann.

O COMEÇO
Leonora diz que tudo se iniciou quando ela e o Rafael, que já eram amigos e gostavam do mesmo tipo de som, tiveram a idéia de formar um grupo. Então foram a procura de amigos com interesse em tocar e convidaram colegas do Rafael para participar. No começo eles tocavam músicas de compositores consagrados como Tom Jobim, Egberto Gismonti, Edu Lobo, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Elis Regina, alem de duas musicas autorais.

- Costumo dizer que nem me lembro de quando não conhecia o Pedro e o Mateus, que estão desde o início no grupo. A simpatia e cumplicidade foram imediatas. Já o Edson entrou alguns anos depois, para substituir o Mateus, que ficou um ano na Espanha, e quando vimos, não era possível ficar na substituição. O Mateus retornou e viramos um quinteto. Tocávamos duas músicas autorais, uma composta em uma fazenda por milhares de pessoas sobre um poema do Manuel Bandeira, um samba chamado "Irene no Céu", e uma, que está no disco, chamada "Samba no ponto" do Rafa e da Alice Bicalho. Posteriormente, ficamos interessados em compor mais, e tocar músicas de amigos compositores, músicas que ficávamos muito afim de tocar, propondo arranjos novos. Dessa maneira aumentamos nosso repertório autoral e atualmente raramente tocamos músicas muito famosas, como antigamente. Isso é muito mais instigante pra gente, porém é mais difícil e lenta a conquista do público. O “cabeça” da banda desse ponto de vista foi o Rafael, em minha opinião. Ele foi quem direcionou de uma forma geral todo o início do grupo. Depois, acho que as responsabilidades e idéias se espalharam de forma bem distribuída pelo grupo e cada um faz sua parte. Com o detalhe que ele continua sendo o dono da "salinha" (hehe) local onde ensaiamos em Belo Horizonte (MG), nós e mais alguns outros grupos que ele integra. – Ressalta Leonora.

O NOME
De acordo com a vocalista, a escolha do nome é sempre um momento difícil, pela incerteza de saber se o nome irá “pegar”. Ela conta que na época, todos deram sugestões, até que o Pedro sugeriu Quebrapedra, que é o nome de uma planta utilizada medicinalmente. Mas Leonora explica que Quebrapedra foi escolhido porque é o mesmo nome de um passarinho inventado por Tom Jobim.

- Apesar de todos associarem à plantinha que ajuda no tratamento de pedras nos rins, o nome foi escolhido, basicamente, por causa de um passarinho que o Tom Jobim inventou, que se chama Quebrapedra. Em sua música “Pato Preto”, o canto do pássaro, que remete ao seu nome fictício, aparece no final, e também na suíte “Gabriela”. Gostamos da idéia, da sonoridade do nome e principalmente de Tom Jobim. Tocávamos a música “Pato Preto” do Tom, e sempre acabávamos com o canto do pássaro: Quebrapedra. Quando vimos o nome já tinha dado certo. – Diz Leonora.

PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
Perguntada sobre as influências das banda, Leonora cita nomes como Gismonti, Hermeto, Milton, Gilberto Gil, Elis Regina, alem de alguns amigos mais próximos,que são intérpretes e compositores como Kristoff Silva, Antonio Loureiro, Felipe José, Renato Motha, Patrícia Lobato, Rafael Macedo, Mestre Jonas, Leopoldina, Elisa Paraíso, Makely Ka, Maísa Moura, João Antunes, Frederico Heliodoro, Mauro Rodrigues, Alexandre Andrés, dentre outros. Ela ainda cita Bjork, Radiohead, Queen/Freddie Mercury, Beatles, Bobby McFerrin, Maria João, David Lynx.

PROCESSO DE CRIAÇÃO E TIPO DE SOM
O baterista e percussionista Edson diz que é difícil definir o tipo de som que tocam até pela variedade referencias e influências que o grupo possui. Ele fala que se tentassem definir seria algo como forçar um rotulo o que não seria interessante para eles.

- Isso é difícil, são tantas as referências e as influências, que tentar definir o som que fazemos seria como forçar algum tipo de rótulo, e para nós isso não é interessante. Não nos propomos a fazer algo fechado, que se encaixe em uma ou outra proposta definida, embora seja possível identificar muitas de nossas influências nas referências que a Leonora mencionou acima. Não temos um processo de criação padrão, mas quando vamos tocar a música de algum de nossos amigos parceiros, todos escutam a música e fazemos os arranjos de forma mais coletiva. Já as composições do Rafael, ele geralmente as faz concebendo todo o arranjo e entrega as partes de cada um, e aí vamos para o estúdio, tocamos, e vamos burilando, entendendo, experimentando. – Conta Edson.

- Quase todas as letras foram feitas sobre as melodias já prontas, que apontavam para alguns argumentos que se formaram a partir de idéias que tive e sempre tive mania de anotar. Afinal, idéias sempre servem para alguma coisa, em algum momento. E se eu não anotar, é esquecimento na certa. Tenho as idéias dentro de meu processo das artes plásticas, de assuntos diversos sobre os quais leio, de pequenos acontecimentos do cotidiano e curiosamente, muitas vezes de coisas que as pessoas me dizem; frases, e experiências (amorosas ou não) que são contadas em conversas. Acho bonito, forte ou interessante e penso que pode ser uma boa imagem, o que resulta em pinturas, desenhos ou escritos. A letra de “Nem ao menos uma flor” por exemplo, surgiu de uma plaquinha que vi no parque municipal de BH que dizia: “Por favor, desse jardim tire só fotografias”. Já a letra de “Breve” surgiu porque convidei um amigo pelo Messenger para vir à minha casa, porque eu inclusive faria pão de queijo para ele...aí ele respondeu: Se assim vai ser muito em breve. Gostei e roubei, hehe. – Relembra Leonora.

TRABALHOS GRAVADOS
O grupo Quebrapedra tem um disco com doze faixas, com encarte feito pela Fernanda Monte-Mór com pinturas da Leonora.

- São oito composições nossas, sendo que algumas são parcerias com outros letristas, como o Makely Ka e a Alice Bicalho, e quatro, que interpretamos e rearranjamos, de compositores e amigos: Renato Motha, Kristoff Silva e Makely Ka, Felipe José, Antonio Loureiro e Dudu Nicácio. Contamos com as incríveis participações especiais dos músicos Antonio Loureiro, Renato Motha, Tarcísio Braga, Thiago Nunnes e Mauro Rodrigues, além de outros grandes músicos que tocaram os arranjos de sopros, como Flávio Ferreira, Alaécio Martins, Mariana Diniz, Romeu Rabelo e Nivaldo Orsi. – Diz Leonora.

CONTATOS
                                     http://www.youtube.com/watch?v=tf78TvI0_5w
                                     http://www.youtube.com/watch?v=-ny-Xda5N7I

- Convido todos a ouvir o som do Quebrapedra, ao vivo e através do nosso primeiro disco! Quem gosta de canções e música instrumental agrupadas tem grande chance de ficar feliz em conhecer mais um grupo que ama a música e fez seu primeiro disco com muito cuidado e carinho; além de tudo, contamos com grandes músicos que ampliaram um bocado a banda em algumas músicas! Dessa forma, esperamos também que conheçam o trabalho dos outros compositores que gravamos pelos quais temos profunda admiração. Espero que gostem, ouçam, toquem, cantem e sejam felizes! – Leonora, vocalista do grupo Quebrapedra.

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