TRANSLATE JORPS TO YOUR LANGUAGE

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

SONS DO BRASIL – CONHEÇA A BANDA RAM



A banda Ram surgiu no ano de 2007, em Belo Horizonte (MG). Após algumas mudanças, atualmente a banda tem na sua formação Paim (vocal, guitarras, teclados, gaita), Abacatu (bateria, escaleta, teclado, percussão) e Ricardo Righi (baixo,vocal)

- Somente eu e Abacatu ainda estamos da formação original. Antes do Ricardo, Daniel Franco ocupava o baixo. Já tivemos diversos guitarristas, Thiago Assis, que participou das primeiras composições e Paulo Emílio, que gravou algumas partes no disco vindouro foram os que ficaram por mais tempo. – Conta Paim.

O COMEÇO
Segundo Paim, em 2006, após formar no curso de jornalismo, convidou alguns músicos para tocar, porem a banda só foi formada mesmo no segundo semestre de 2007. Ele explica que uma das principais dificuldades enfrentadas foi encontrar músicos com  compromisso profissional com a música.

- O objetivo da banda era bem claro e compartilhado pelos membros de então, assim como com os atuais; todos já passaram por diversas bandas e fazer música definitivamente não é um hobby a essa altura. Daí a prioridade ao repertório próprio, medida tomada também pela grande quantidade de composições que eu fazia e faço. Em uma das embrionárias formações da banda, vários covers chegaram a ser ensaiados (nunca apresentados ao vivo) numa tentativa de se adaptar e alcançar espaço mais facilmente na cena rock local, na qual rádios simplesmente ignoram as bandas novas, enquanto a maioria das casas noturnas prioriza bandas covers. Tivemos várias mudanças na formação, resultado da dificuldade em encontrar músicos roqueiros que tenham compromisso profissional com a música, e talvez seja esse o maior problema enfrentado pela Ram no estágio em que a banda se encontra, a cultura do cover, que se percebe no público roqueiro local, mas é incentivada e reforçada pelas casas e acaba refletida na dificuldade das bandas em sair das releituras e apresentarem suas composições. Mas nós preferimos ir pelo caminho imediatamente mais difícil, mas mais condizente com a vontade e possibilidade dos músicos: fazer a própria música. Daí a dificuldade em entrar no circuito de bares e casas noturnas locais, apresentando material autoral. Mas aos dois anos de vida, o Ram comemora a vitória de conseguir se apresentar regularmente e sempre em eventos e espaços voltados para a apreciação do novo. – Afirma Pain.

O NOME
Paim explica que quando o Abacatu tinha sete anos, foi atingindo na cabeça, por um saco pesado, chegando inclusive a desmaiar. Segundo Paim, após esse incidente a família de Abacatu relatou que ele começou a ter atitudes estranhas. Por sua vez, Abacatu não se lembra disso, só se recorda de olhar para cima, ver o saco caindo e ouvir alguém gritando “Raaaaammmmmmmm.....”. Daí então a origem do nome da banda.

INFLUÊNCIAS E ESTILO
De acordo com Paim, ele e os demais integrantes são bastante ecléticos na arte que consomem, seja musica ou outro tipo. Porem ele ressalta que todos são muito influenciados pelo rock e quando começam a tocar o rock acaba surgindo. Segundo Paim a improvisação é o carro chefe e como ele compõe o tempo todo, e mistura tanto que já não consegue definir o estilo.

- Do folk rock à psicodelia de garagem à sensualidade do soul e à agonia musical do kraut, algo de barroco... mas, costumo dizer que o que influencia o Ram é nosso estado de espírito. E esse estado de espírito pode dar numa música ou ser causado por ela e por aí vai. Não gosto de definir o som que fazemos. Acho que o nome Ram é tão neutro que se quisermos fazer ópera brega cigana um belo dia com esse nome não chocaremos. Eu poderia chamar o nosso som de Música transgressora ou experimental. Mas música e arte são experimentais e transgressoras por natureza e isso acabaria num pleonasmo. Então prefiro não definir. Deixo para os críticos. Aliás, definições e segmentos sempre existiram, mas essa divisão rigorosa a que a cultura pop obriga só serve pra fazer os consumidores se identificarem como sendo de certo grupo e meio por consumirem certa música, assim como certa roupa. E isso está passando de geração para geração e se tornando onipresente a tal ponto, que novas bandas acabam se preocupando primeiro em de que estilos vão ser e que públicos vão atingir e depois em fazer música. – Diz Paim.

PROCESSO DE CRIAÇÃO
Falando do processo de criação, Paim conta que cada musica tem sua “viagem” inicialmente na melodia ou na harmonia e depois na letra e nos arranjos. Ele ainda ressalta que no final, dependendo da interpretação que eles vão dar a musica pode, a mesma pode mudar totalmente de “cara”.

- Cada música é uma coisa. Quando componho, às vezes penso em alguma parte do arranjo de algum instrumento, mas o geral é cada um fazer sua parte no ensaio. Não temos muita preocupação em fechar arranjos. Cada vez que tocamos, o clima em que estamos e a resposta que sentimos do público muda a interpretação. Tentamos dar à música o que a música pede quando a fazemos, mas não dispensamos a espontaneidade. Por isso que é bom tocar muito a música antes de gravá-la. E também não nos preocupamos em fazer da versão do estúdio, a versão definitiva da música. Em estúdio exploramos o que for possível fazer – se tiver uma nave espacial ou um coral de macacos no estúdio e tiver a ver com a música, isso rola. Nos shows, na maioria das vezes, impossibilitados de repetir o arranjo do estúdio por falta de gente suficiente, criamos outra maneira de apresentar a música. Não considero que a música perde. São duas coisas diferentes. E somos adeptos daquela idéia do Dylan de que a música não necessariamente chega, na gravação de estúdio, à plenitude, à perfeição, ou à compatibilidade total com a idéia do compositor. Isso pode acontecer quando você a executa em casa, num show, ou daqui a 50 anos. – Ressalta Paim.

INSPIRAÇÃO
Para Paim, compor é uma necessidade, e inclusive ele não consegue explicar ao certo o motivo disso, mas volta e meia, surge uma melodia, ou uma frase, quando ele senta no teclado ou pega no violão.

- Pode sair algo mais folk, mais soul ou mais dançante, mas isso deve ser o que pedem o humor e o estado de espírito de então. Talvez isso seja o resultado de um turbilhão de emoções, pensamentos, de uma rotina ou até de coisas do subconsciente que não expresso desabafando, pintando ou de outro jeito, mas sim com música. O resto, seja a letra, a melodia completando a harmonia ou vice versa, pode fechar ou contrastar com a primeira idéia. Isso por que acabo ficando dias mexendo na música, esqueço e refaço meses depois, junto com pedaços de outras idéias, labuto um bocado. A música nunca é uma viagem ali e pronto. São várias viagens. – Conta Paim.

TRABALHOS GRAVADOS
A banda Ram está finalizando o primeiro álbum que pretendem lançar no começo de 2010. Por enquanto, alguns pré-mixes, e gravações ao vivo estão disponíveis na net.

- É o resultado de vários anos de composições e de dois anos de banda, com arranjos, rearranjos e gravações, testes ao vivo e observação da resposta do público. – Explica Paim.

AGENDA
26/11/2009 - MELZIM COM QUEIJO FEST - 21H, R$6,00 - OASIS SCOTCH BAR: R. DR. LÚCIO BRANDÃO, 266, PRADO, Belo Horizonte (MG).

CONTATOS
Telefones: (31)8775-3576 / 3317-0838 (Paim) - (31) 8439-7686 (Jackson) / (31) 9948-0240 (Ricardo)
Twitter: www.twitter.com/ramrockband

- Não ouça enquanto usa o MSN ou qualquer outra coisa na net ou no walkman enquanto vai para o trabalho ou para algum lugar no carro. Se possível não veja fotos ou imagens da banda antes de ouvir, não leia nada sobre o estilo, ou alguma crítica. Se distancie da indicação que o fez ouvir o Ram. Não associe a nada. Ouça! – Paim, vocalista, guitarrista, tecladista e gaitista da banda Ram.

Nenhum comentário:

Postagens populares